Reunião mostra avanços na parceria da UEPG em Castro

A Universidade Estadual de Ponta Grossa terá uma participação expressiva, como parceira, na II Feira de Tecnologia dos Campos Gerais e Mostra de Produtos e Serviços para Diabéticos, a ser realizada nos dias 9 a 11 de novembro, promovida pela Prefeitura Municipal de Castro-Pr, no Centro de Eventos Flávio Gil Zanon. Isso ficou evidenciado na reunião realizada na última quinta-feira, entre a Diretora Adjunta do Setor de Ciências Agrárias e de Tecnologia, professora Maria Salete Marcon Gomes Vaz, e o Secretário Municipal de Indústria, Comércio e Turismo, Izidro Constantino Guedes, juntamente com representantes de outros organismos.Na oportunidade, Guedes manifestou a importância da participação da UEPG, de outros parceiros e de toda a comunidade e demonstrou uma preocupação especial com a questão do diabetes. “Trata-se de uma doença que se instala silenciosamente no individuo e quando ele descobre, o mal já se torna irreversível”. Para o secretário é preciso que as pessoas estejam sempre em estado de alerta, consultando seu médico e fazendo exames periódicos de glicemia. “Essa doença é terrível e nos estágios mais avançados a pessoa começa a ter problemas com a circulação de sangue nas extremidades e em alguns casos pode existir a recomendação médica de procedimento radical que é a amputação de determinados membros do corpo”. Para Izidro, além das consultas médicas e dos exames clínicos, a qualidade de vida também é fundamental. “Para prevenir, as pessoas não podem se esquecer de se alimentar adequadamente, evitar ingerir produtos com gordura trans, ter hábitos saudáveis como não fumar, não exagerar em bebidas alcoólicas e fazer exercícios físicos, incluindo caminhadas”, recomendou. Porém, o secretário lamentou a quase ausência de produtos alimentícios específicos, destinados às pessoas portadoras de diabetes. “Sentimos que os diabéticos sofrem com a enorme dificuldade de acesso a esses produtos, que são fundamentais para o equilíbrio dos níveis de glicemia e ajuda na melhoria da qualidade de vida”. Para Guedes, a dificuldade de acesso reside, principalmente, nos preços que são muito acima dos praticados nos demais produtos. “Existem bons produtos comercializados em algumas regiões do Brasil, mas em outras, como é o caso dos Campos Gerais, esses produtos não chegam, mas quando as pessoas tentam trazê-los os preços são triplicados”, lamentou.Guedes justifica a realização da Feira por esse motivo. “Queremos dar oportunidade para que as pessoas tomem conhecimento de tudo o que existe no mercado, que possa facilitar a vida do diabético”, ressaltou. Por isso, Guedes afirmou que a presença dos dirigentes das empresas que fabricam ou que representam produtos alimentícios para diabéticos é fundamental. “Abrimos espaços importantes para que essas empresas, de qualquer parte do país, venham a expor seus produtos nesta que, se não é a única, é a maior feira direcionada às pessoas diabéticas no Brasil”, declarou. O secretário acentuou que, no contexto da feira, a presença da Universidade é de fundamental importância para, além de alertar as pessoas sobre os métodos de prevenção e tratamento da doença, também realizar os exames necessários. “Os procedimentos e os ensinamentos que a UEPG repassará aos visitantes serão imprescindíveis, pois existem pessoas que nem sabem que são portadoras de diabetes”, frisou.Ao se manifestar a professora Maria Salete disse que agora o seu trabalho está na fase de definição dos estandes da UEPG que deverão ser montados na feira. “Para isso, contamos com o apoio logístico de unidades e subunidades na instituição para estabelecer o formato e a instalação dos equipamentos. A Diretora Adjunta já estabeleceu um cronograma de ação com os cursos de Medicina, Enfermagem e Educação Física, para a realização de exames de diabetes, verificação de pressão arterial e orientações sobre exercícios físicos, respectivamente, próprios para se manter boa qualidade de vida. “Já recebemos dos coordenadores desses cursos, a garantia da realização de tais atividades”, revela.

por Carlos Alberto Mayer